Conhecida por seu caráter tradicional, alegre e descontraído, além de suas brincadeiras, simpatias e comidas típicas, as Festas Juninas são celebrações de cunho religioso e profano. Ao contrário do que muitos podem imaginar, as festividades acontecem em vários países.
Relacionada, historicamente, com a festa pagã do solstício de verão (hemisfério norte) e de inverno (hemisfério sul), celebrados no dia 24 de junho, segundo o calendário pré-gregoriano, as festas dos santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro) teve origem na Idade Média. No continente europeu, a maior característica das festividades é a presença da fogueira. Em países católicos, ortodoxos e protestantes – Irlanda, França e Polônia, por exemplo – as fogueiras de São João e a celebração de casamentos fictícios, ou até mesmo reais, são costumes que permanecem vivos e ainda hoje são praticados pelos europeus. Em Portugal, nas cidades de Braga e do Porto, por exemplo, as festas juninas são comemoradas com muito entusiasmo – semelhante ao que acontece na região Nordeste do Brasil.
Os lusitanos, por sinal, foram quem trouxeram para o Brasil a tradição de comemorar os dias dos santos populares. Não demorou para que a população indígena e a afro-brasileira incorporassem os costumes. A música e seus instrumentos estão na base de formação da música folclórica portuguesa; as roupas caipiras são uma referência ao povo campestre; a decoração com enfeites de papel, balões, fitas e bandeirolas também veio de Portugal.
No Brasil, as festividades receberam o nome de ‘junina’, muito por conta de acontecerem no mês de junho. E assim como nos países europeus, são vários os símbolos que povoam o imaginário popular.
Dentre os símbolos juninos destacam-se:
O símbolo pode representar tanto o bem (criação) quanto o mau (destruição). Cada santo popular tem um tipo diferente de fogueira: quadrado para santo Antônio, redonda para são João e triangular para são Pedro.
Os balões servem para lembrar a todos do início da festa. Quanto as bandeirolas, essas surgiram para ornamentar as bandeiras que traziam as imagens do três santos juninos.
Além de fazer parte da decoração da festa, as bandeiras também costumam ser mergulhas em lagos, ou mesmo numa bacia, para que as pessoas se molhem com a água acumulada nos tecidos, podendo se purificar.
Os fogos são usados para espantar os maus espíritos e os sentimentos ruins.
As quadrilhas são uma forma de agradecimento pelas boas colheitas.
Nas simpatias quem mais sofre é santo Antônio – o santo casamenteiro é colocado de cabeça para baixo até que a pessoa arrume um companheiro.