No dia de Natal comemora-se o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade o Natal era celebrado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão quando de fato Jesus havia nascido. Somente no século IV que o dia 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial. Na Roma Antiga era também comemorado o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da data.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que os três reis magos levaram para chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Hoje, é comum que as pessoas montem as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.
O Natal, como uma expressão de fé e de cultura, possui inúmeros símbolos. E é através destes que a comemoração ganha o seu significado. Muitos são os símbolos natalinos, mas apesar de serem facilmente reconhecidos em todos os lugares do mundo, nem todo mundo conhece seus verdadeiros significados.
Árvore de Natal
Simbolizando, antes de tudo, a vida, a tradição é a mais antiga da época e começou com os egípcios, que traziam galhos verdes para dentro de suas casas no dia mais curto do ano no mês de dezembro. O costume de ornamentar a árvore surgiu do hábito dos druidas, os ‘conselheiros’ decoravam velhos carvalhos com maçãs douradas para as festividades deste dia.
A primeira referência a uma ‘árvore de Natal’ é datada no século XVI. Na Alemanha, famílias ricas e pobres decoravam as árvores próximas a suas casas com papel colorido, frutas e doces. A tradição se espalhou rapidamente pela Europa e chegou aos Estados Unidos pelos colonizadores alemães. Logo, o símbolo passou a ser popular em todo mundo.
Pinheiro – a única árvore que não perde suas folhas durante todo o ano. Permanece sempre verde e viva. Usada pela primeira vez pela rainha Elizabeth, o pinheiro foi o destaque de uma grande festa de Natal da família real. Por conta dos inúmeros presentes e não podendo recebê-los todos pessoalmente, a nobre pediu que fossem depositados em baixo de uma árvore no jardim. Daí o costume, comum até os dias de hoje.
Bolas coloridas – simbolizam os frutos da ‘árvore vida’, ou seja, Jesus Cristo.
Papai Noel
A igreja católica canonizou o bispo Nicolau após inúmeras pessoas atribuírem milagres à ele. Já a sua associação com o Natal começou na Alemanha e rapidamente espalhou-se pelo mundo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil é chamado por Papai Noel.
O esteriótipo de Papai Noel que conhecemos hoje, com roupas vermelhas e barba longa e branca foi obra do cartunista alemão Thomas Nast, apresentada na revista Harper’s Weeklys, em 1881.
Guirlanda
Durante todo o mês de dezembro a guirlanda é utilizada nas casas. O uso de tal símbolo refere-se a Roma Antiga, pois para os romanos oferecer um ramo de planta significa um voto à saúde e expô-la nas portas favorece a saúde de todas as pessoas da casa.
Presentes
Os romanos, há mais de 1500 anos, tinham o costume de enviar presentes aos amigos no início do ano. Tal hábito coincidia com os festejos ao deus Janus – com duas caras ele olhava para o ano que começava e para o que terminava – daí as origens do reveillon e demais comemorações de fim de ano.
Sinos
Os sinos, durante séculos, foram utilizados para chamar as pessoas e anunciar tanto boas quanto más notícias. No mês de dezembro a boa notícia é o nascimento de Jesus Cristo.
Presépio
A palavra presépio refere-se ao local onde o gado é colocado ao ser recolhido, ou seja, o curral. Em meados do século XIII, São Francisco de Assis fez uma pregação, em uma noite de Natal, acerca do nascimento de Jesus e com a autorização do papa decidiu montar um cenário.
A encenação apresentava o menino Jesus, Maria, José e os três reis magos em um presépio de palha rodeado por um boi e um jumento. A representação repercutiu em toda a Itália e em pouco tempo as famílias europeias da nobreza já tinham seus presépios em casa.
Vela
Até a descoberta da energia elétrica há 100 anos, a vela, a lamparina e as tochas foram as principais fontes de luz. A chama dava segurança e calor, por isso na antiguidade alguns povos cultuaram o fogo como divindade.
Comidas
Para algumas pessoas, a ceia natalina está ligada à última ceia de Jesus Cristo ao lado de seus discípulos. Porém, segundo a literatura, originou-se do antigo costume europeu de deixar as portas abertas no dia de Natal para receber viajantes e peregrinos, esses juntavam-se a família hospedeira e todos confraternizavam.
Estrela
Astrólogos da Antiguidade tinham o costume de acreditar que alguns fenômenos da natureza aconteciam em razão do nascimento de um rei, motivo pelo qual teriam considerado a aparição da estrela como prelúdio do nascimento de Jesus.
Essa estrela recebeu o nome de Estrela de Belém e seu brilho intenso representaria Jesus como a luz do mundo. Hoje é lembrada pelo enfeite que é colocado no topo da árvore de Natal.