A química é repleta de símbolos representativos – imagens e letras que ajudam na comunicação rápida e universal dos inúmeros elementos químicos e das placas sinalizadoras. Alguns são de fácil entendimento como Mg (magnésio), Zn (zinco) e Ca (cálcio). Outros possuem origem no latim como Au (Ouro), Ag (prata) e Na (sódio). Outros ainda são nomeados com homenagens a cientistas ou lugares, como é o caso do Am (américo) e do Md (mendelévio).
Os outros tipos de símbolos fazem referência aos riscos que determinado produto químico oferece. Encontramos tais símbolos nas fichas de segurança e nos recipientes em que o produto está armazenado. As fichas trazem informações importantes sobre os cuidados a tomar em caso de acidente e sobre a maneira mais indicada de armazenar certos elementos.
Desde a antiguidade, os alquimistas já trabalhavam em uma simbologia própria para representar os vários elementos químicos. A primeira ideia foi representar os átomos dos diferentes elementos por pictogramas inspirados na astrologia. Ao longo dos anos diversas alterações foram propostas O seu uso só se tornou universal a partir do século XIX, quando Dalton propôs os seus próprios símbolos. Entretanto, tal como os anteriores, ainda não eram representações fáceis de memorizar e reproduzir. Em 1814, o químico sueco Jons Jakob Berzelius (1779 – 1848) propôs que os símbolos fossem constituídos apenas por uma ou duas letras do seu nome escrito em latim, grego ou inglês, sendo a primeira das letras em maiúsculo e a segunda, quando necessária, minúscula.
Elementos Químicos
Cada elemento, sintetizado artificialmente ou natural, é representado por um símbolo. Como já dito acima, independente da língua ou alfabeto vigente, os símbolos químicos serão sempre os mesmos – letra inicial maiúscula, do seu nome em latim, e quando preciso, uma segunda letra minúscula.
Atenção: símbolo químico ≠ fórmula química.
Ex: H – hidrogênio ≠ H2O – uma molécula de água.
Atualmente, a organização que regula toda a nomenclatura química é a IUPAC – International Union of Pure and Applied Chemistry, em tradução livre para o português “União Internacional de Química Pura e Aplicada”.
Exemplos:
Elemento químico |
Nome em latim |
Símbolo |
Fósforo |
Phosphorum |
P |
Potássio |
Kalium |
K |
Sódio |
Natrium |
Na |
Cobre |
Cuprum |
Cu |
Prata |
Argentum |
Ag |
Ouro |
Aurium |
Au |
Chumbo |
Plumbum |
Pb |
Antimônio |
Stibium |
Sb |
Mercúrio |
Hydrargyrum |
Hg |
Estanho |
Stannum |
Sn |
Da necessidade de organizar os inúmeros elementos químicos, de forma precisa e clara, muitos cientistas se dedicaram a criação de uma tabela periódica – muito útil para prever as características, comportamentos e tendências dos átomos. Uma tabela completa é capaz de nos fornecer o número atômico, a massa, a distribuição de elétrons, o nome e o símbolo do elemento, além de propriedades como eletronegatividade, raio e energia de ionização.
Riscos Químicos
Tóxico ou altamente tóxico – Qualquer que seja o tipo de contato com tais substâncias serão nocivas à saúde do indivíduo. Inalação, ingestão, contato com a pele devem ser evitados. Em caso de acidente, é indicado procurar um médico o mais rápido possível.
Corrosivo – Indica que o produto é corrosivo tanto em contato com a pele quanto em superfícies. Um exemplo é o ácido sulfúrico, outrora utilizado em baterias automotivas
Nocivo à natureza – Indica que o composto não deve ser descartado sem antes ser, devidamente, tratado ou armazenado e entregue em um lugar responsável pelo tratamento. Ele pode contaminar o solo, corpos d’ água e animais.
Explosivo – Todo composto com esse indicativo deve ser mantido longe do fogo e de equipamentos aquecidos, pois o mesmo facilita a combustão dificultando no término de um provável incêndio. Em caso de cilindros de gases comprimidos deve-se também evitar pancadas e choques.
Material inflamável – que pode facilmente pegar fogo, deve-se evitar contato até mesmo com o ar.
Diamante de Hommel – o diamante de segurança é um losango dividido em quatro quadrados, cada um com uma cor. Cada um deles recebe um número ou um código: riscos à saúde (azul), inflamabilidade (vermelho), reatividade (amarelo), riscos específicos (branco).
Risco radioativo – utilizado em locais em que se encontram produtos radioativos, como tambores de lixo de usinas nucleares, materiais usados com equipamentos de raio-x, entre outros.
Risco biológico – sinaliza que a substância pode oferecer risco à saúde de organismos vivos, principalmente humanos. Estão presentes nos recipientes onde são descartados materiais utilizados em hospitais.