A Maçonaria é a mais antiga e a maior organização fraternal do mundo. Com um sistema peculiar de moralidade, a fraternidade é velada por alegorias e ilustrada por símbolos maçônicos.
Não há nenhum estudo que comprove, ao certo, quando e como a Maçonaria foi fundada; acredita-se que a organização surgiu no Egito ou na Grécia Antiga. No entanto, foi na Idade Média que a fraternidade viveu a sua época de ouro. A maioria dos pesquisadores consideram que a origem estaria relacionada aos construtores das catedrais – o significado da palavra ‘pedreiro’ em francês (maçon) reforça tal argumento.
A Maçonaria, essencialmente, é uma instituição filosófica, universal, filantrópica, progressista e educacional, formada por pessoas – cerca de seis milhões – de todas as etnias, credos, nacionalidades e filiações religiosas. A mulher, no Brasil e na maioria das lojas maçônicas espalhadas pelo mundo, não faz a iniciação, ou seja, não é reconhecida como membro.
Para ingressar na Maçonaria, o pretendente deve procurar um maçom e através deste solicitar o pedido de iniciação. Feito este procedimento, o interessado receberá todas as instruções necessárias para a efetivação de sua integração à fraternidade universal.
Sendo uma instituição iniciática, os novos membros são incorporados através de um ato solene. Este ato de admissão segue o mesmo rito desde às origens da fraternidade. O iniciado deve meditar profundamente sobre os princípios filosóficos que sempre inquietaram a humanidade – uma reforma moral, que tem por objetivo fazer do maçom um homem de bem, orientado pelo lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Entre os maçons mais notáveis estão George Washington, Benjamin Franklin, Mozart; no Brasil, Tiradentes, Castro Alves, D.Pedro I.
Desde a sua fundação, a instituição é conhecida pelo uso de símbolos. Para muitos, tal simbologia ‘esconde’ as facetas obscuras da sociedade. No entanto, conspiração e desconfiança não fazem parte do universo maçom.
Os Símbolos da Maçonaria, ao contrário do que se supõe, não possuem uma função ritualística. Os símbolos, basicamente, possuem a função de um texto, e cabe a cada membro interpretar e apreender o significado dos mesmos.
Dentre os símbolos maçônicos mais famosos estão:
Esquadro e Compasso
A associação entre o esquadro e o compasso, surgiu em meados do século XVIII.
O esquadro, resultado da união da linha vertical com a linha horizontal, faz referência ao quadrado, ao número quatro. É o símbolo da retidão, imparcialidade, precisão de caráter e da moralidade – o maçom deve regular a sua conduta e ações pela linha e pela régua maçônica.
Já o compasso simboliza o espírito, o princípio de unidade, o pensamento nas diversas formas de raciocínio, como também o fator relativo (círculo) – depende do ponto inicial. Os círculos, quando traçados com o compasso, representam as lojas maçônicas.
Quando unidos, esquadro e compasso representam a importância da associação entre o mundo espiritual e o mundo material.
Letra G
A Letra ‘G’ é a sétima letra na maioria dos alfabetos – 7 é considerado o número da perfeição.
Esse símbolo possui diversos significados, dentre eles: equivale ao Gama grego, que significa conhecimento (de gnose); representa o Grande Arquiteto do Universo, Deus (God, em inglês); além de remeter à geometria ou a quinta ciência, tendo por base os ensinamentos da Escola de Krotona de Pitágoras.
Acácia
Símbolo por excelência da Maçonaria, a acácia é utilizada pelos Mestres como sinal de identificação – associada à lenda do terceiro grau, o seu ramo foi útil para que fosse localizado a sepultura do mestre Hirão, responsável pela construção do Templo de Jerusalém.
A acácia já foi tida, entre os hebreus, na antiguidade, como uma árvore sagrada, símbolo da verdadeira iniciação para uma vida futura, uma nova vida. A planta também representa segurança e clareza, como também inocência ou pureza.
Colunas
As duas colunas que permanecem dispostas no Templo são os símbolos dos limites criados pelo mundo, do elemento masculino e feminino, da vida e da morte e do ativo e passivo. São também representações das duas colunas do Templo de Salomão.
A coluna da esquerda é chamada de Boaz (Booz, que significa força) e a direita, Joab (Jachin).
Olho que tudo vê
O símbolo faz referência ao Grande Arquiteto do Universo (Deus), que tudo vê e tudo julga – um ser onisciente. Com origens na arte egípcia, o triângulo que carrega um olho em seu centro, está diretamente associado ao princípio criativo que organiza o Universo.
O Delta Luminoso, símbolo da tríplice força, pode ser substituído pelos três pontos (∴). Este último simboliza a Trindade, Deus, a proteção, o Pai, filho e Espírito Santo.
Avental
O avental é um dos elementos principais da maçonaria, sendo o símbolo do trabalho. Geralmente é composto por um retângulo, podendo também assumir as formas de um hexágono ou um semicírculo.
Todo membro iniciado na Maçonaria tem o seu avental – usar a vestimenta lhe confere o direito de entrar em áreas restritas do Templo. As cores variam de acordo com o grau do maçom: branco para os aprendizes e companheiros e branco e vermelho ou azul celeste para os mestres.
Trolha
A trolha representa um importante princípio para os maçônicos. Na construção civil, o instrumento, utilizado pelos pedreiros, desempenha o simples, mas essencial papel de aplicar a massa que assenta os tijolos.
No campo da moral, o símbolo salienta a boa convivência e tolerância entre aqueles que estão unidos pelos fundamentos da maçonaria – a trolha deve ser ‘usada’ para alisar as arestas que podem ou provocam atritos.