O símbolo da contabilidade é formado por um caduceu (bastão de ouro), um elmo (espécie de capacete) com duas pequenas asas e, entrelaçadas no bastão, duas serpentes. Associado ao deus grego Hermes (Mercúrio para os romanos), deus das vendas, do comércio e do lucro, cada elemento do ‘Caduceu de Mercúrio’ simboliza a dedicação e a postura dos profissionais das ciências contábeis.
A origem do símbolo remete a suposta reação de Mercúrio diante de duas serpentes. Para se defender da ameça, a divindade grega usou o seu bastão no qual as cobras acabaram enroscadas.
– O bastão simboliza o poder de quem é conhecedor da ciência contábil, esta tem por objeto o cabedal de quaisquer entidades;
– As serpentes simbolizam a sabedoria, ou seja, o quanto é preciso estudar antes de agir, para escolher o melhor caminho, assim como o mais vantajoso para o cliente;
– As asas representam a diligência, ou seja, a dedicação, a presteza, a solicitude e o cuidado ao desempenhar a profissão;
– O elmo é uma peça de armadura antiga muito usada para proteger a cabeça. O objeto simboliza a proteção aos pensamentos baixos que levam a ações covardes e desonestas.
Para os profissionais de contábeis, o caduceu de mercúrio simboliza a proteção ao comércio e às riquezas, por meio da orientação, zelo e ética. Adaptado para a contabilidade, coroado pelo elmo, o caduceu revela a agilidade do contabilista representada pelas asas.
Na antiguidade, o símbolo era encontrado na Índia, gravado nas lápides de pedra denominadas nagakals – um tipo de ex-votos que aparecem nas entradas dos templos. Apesar de longínqua, o historiador Erich Zimmer aponta que o símbolo é provavelmente anterior, considerando que os mesopotâmicos tinham as duas serpentes entrelaçadas como símbolo do deus que cura as enfermidades – esse é um dos motivos para a confusão do símbolo da contabilidade com o símbolo da medicina.