O símbolo da Apple é, com certeza, um dos mais conhecidos no mundo. Atemporal, o logo permaneceu imutável durante 30 anos e talvez permaneça, por um bom tempo, sem mudanças drásticas. Em meio a símbolos arrojados e mais parrudos do mundo da informática, a ‘maçã mordida’ da Apple ganhou a admiração do seu público pela simplicidade.
A maçã é fashion, é pop, todo mundo conhece, todo mundo já viu. Mas de onde surgiu a ideia de ter como símbolo de uma empresa de tecnologia uma maçã? Jean Louis Gassée (executivo da Apple de 1981 a 1990) respondeu: um dos mistérios mais profundos para mim é o quanto ao logo.
Ao longo dos anos o símbolo anexou diversos significados sendo a referência a Newton – cientista inglês que se deu conta da lei da gravidade ao observar a queda de uma maçã – a versão mais conhecida e plausível. Outra possível analogia seria com Adão e Eva, em que a fruta representaria o conhecimento e a mordida, a aquisição do mesmo.
Ao se dar conta do fraco apelo da marca, Jobs, no final dos anos 1970, contratou Rob Janoff para criar um dos símbolos mais famosos, polêmicos e interessantes de todos os tempos – a maçã mordida.
Janoff seguiu o ‘briefing’ e interpretou os ideias da empresa. Do primeiro logo, aproveitou apenas o principal elemento, a maçã, redesenhando-a com um visual mais moderno e mais limpo. Não há dúvidas quanto a inovação do ponto de vista gráfico. A Microsoft e a IBM, por exemplo, usavam seus nomes, com fontes que remetessem à tecnologia, como símbolos. Já a Apple resolveu usar somente uma fruta mordida – o nome era apenas um complemento usado em determinados meios.
Depois de 30 anos, foi anunciado uma provável mudança no logo. Nada significativo, a ‘maçã mordida’ passou a ser minimalista, monocromática e um pouco mais ‘enxuta’. Se tornou mais versátil, pois se tornou livre para assumir diversas combinações de cores.