A religião rastafári é uma crença nascida na Jamaica em meados da década de 1930. Popularizada pelas músicas do cantor/compositor Bob Marley, atualmente a doutrina é seguida por mais de 1 milhão de pessoas no mundo. Com alguns símbolos ‘emprestados’ do cristianismo e do judaísmo, ela prega a adoração ao deus Jah que, segundo o rastafarianismo, teria reencarnado no século XX como o imperador etíope Haile Selassie I.
Os rastas – como são conhecidos os que seguem a religião – direcionam um modo de vida averso ao capitalismo ocidental. Se vestem à sua maneira, evitam aparar a barba e não cortam o cabelo, seguem uma dieta vegetariana, preferem tratamentos médicos alternativos e abdicam de qualquer droga – a maconha, usada em rituais de meditação, não é considerada uma droga.
Os principais símbolos rastafári são:
Dreadlocks
Os rastas mantêm fortes resistências às alterações do corpo humano. Ou seja, não podem fazer tatuagens/piercing ou cortar/escovar o cabelo. Por isso o rastafarianismo é bastante associado às tranças (dreadlocks). O visual é encarado como uma espécie de voto, mas não é obrigatório.
Ganja sagrada
Apesar de reprovarem o uso de drogas (álcool, cigarro, etc), os seguidores dessa religião usam comumente a maconha – também chamada de ‘ganja’ – como forma de iluminação. O consumo, ao contrário do que se possa pensar, segue um ritual: um grupo se reúne, agradece a Jah e só então fuma a planta. Usar a maconha somente para fins recreativos é considerado desrespeitoso.
Cores
As cores verde, vermelha e amarela, da antiga bandeira da Etiópia, é um dos principais símbolos rastafári. Juntas representam lealdade a Selassie e ao continente africano. O verde remete à vegetação da África, o vermelho ao sangue dos mártires e o amarelo à prosperidade e riqueza do continente (antes de ser colonizado e explorado).