A civilização maia constituiu-se de um conjunto diverso de povos que habitaram a região das florestas tropicais das atuais Península de Yucatán (sul do atual México), Honduras e Guatemala. Notável por sua língua escrita, matemática, arquitetura, arte e sistemas astronômicos, os maiais eram, no seu auge, uma das sociedades mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas do mundo.
Muitas cidades atingiram o mais elevado nível de desenvolvimento, no entanto, os maias nunca chegaram a formar um império unificado. Tal instabilidade favoreceu a invasão e domínio de outros povos vizinhos – os toltecas, entre os séculos IX e X, invadiram o território e dominaram a civilização.
Apesar da situação de declínio e posteriormente sofrer com a colonização espanhola, os povos maias nunca desapareceram. Atualmente, em todo o antigo território maia, há populações consideráveis de descendentes que mantêm tradições e crenças – a língua, por exemplo, continua a ser falada como língua primária.
Assim como os egípcios, os maias usaram uma escrita baseada em desenhos (hieróglifos) e símbolos. Com uma escrita bem desenvolvida, a civilização registrava todos os acontecimentos, datas, guerras, contagem de colheitas e impostos, dentre outros dados.
A escrita maia – também chamada hieroglifos maias por conta de sua semelhança com os hieroglifos egípcios – é o único sistema de escrita pré-colombiano que foi decifrado. Caracterizada por utilizar logogramas com glifos silábicos, as inscrições mais antigas datam do século III a.C.
Embora existam muitas variações, os hieroglifos normalmente incluem uma área para o Divino, o Local, e o Senhor do Local.
Os maias foram responsáveis por um grande avanço na arquitetura – ergueram pirâmides, palácios e templos. Um dos aspectos que mais surpreende é a falta de estrutura e de muitas tecnologias que aparentemente seriam necessárias para construções como a do Palácio de Palenque. Não há registros do uso de ferramentas de metal, veículos com rodas ou polias.