Na tradição europeia medieval, um brasão é um desenho essencialmente criado – obedecendo leis heráldicas – para identificar famílias, indivíduos, clãs, cidades, corporações, nações e regiões. O termo ‘brasão’, em sentido limitado, refere-se exclusivamente à descrição do desenho. Contudo, em sentido mais amplo, pode designar a descrição do conjunto (timbre, coronel, paquifes, virol, etc).
O desenho de um brasão costuma ser colocado sobre um suporte no formato de escudo, este representando a arma de defesa homônima usada pelos cavaleiros medievais. No entanto, não há problema em representar sobre outros suportes, como vestuários, bandeiras, objetos pessoais, mobiliário, etc.
O que não se sabe, com rigor, é quando a prática teve o seu início. Alguns indícios apontam que a origem esteja nos atos de coragem e bravura realizados por cavaleiros – era uma maneira de prestar homenagem aos mesmos e às suas famílias. Com o passar do tempo, como o brasão sempre fora ícone de status, passou a ser conferido a famílias consideradas nobres com o intuito de identificar o grau social delas. Sendo assim, somente os heróis e a nobreza ostentavam tais símbolos e transmitiam a seus descendentes.
Durante o século XIX, com o declínio da aristocracia e a ascensão da burguesia, o brasão começou a perder a sua importância. No século XX passou a ser aplicado na simbologia de corporações, estados, municípios e demais entidades coletivas. Atualmente é mais frequente o uso do símbolo em bandeiras de associações, clubes (principalmente clubes de futebol), regiões, freguesias, empresas e mesmo algumas famílias, que continuam usando o elemento gráfico como forma de identificação.
Alguns brasões de famílias: