O karatê ou caratê é uma arte marcial originária no Japão que se desenvolveu a partir de uma luta nativa da região de Oquinaua, sob a influência do ‘chuan fa’ chinês e dos koryu japoneses, além de agregar particularidades das disciplinas guerreiras (budō).

A influência do país vizinho (China) foi significativa num primeiro momento de desenvolvimento, variando de uma luta simples com projeções e agarrões para um modelo com maior destaque em golpes traumáticos. Mais tarde, devido a mudanças geopolíticas – acirramento da rivalidade entre Japão e China -, as disciplinas de combate japonesas prenominaram e, nesse mesmo período, o modelo tendeu a descomplicar ainda mais os movimentos, tornando-os mais objetivos e negando tudo aquilo que não seria considerado útil ou que fosse um mero enfeite.

O conjunto técnico da arte marcial abarca, essencialmente, golpes contundentes (atemi waza), como socos, pontapés, bofetadas, joelhadas, dentre outros, sendo todos executados com as mãos desarmadas. Entretanto, técnicas de imobilização, projeção e bloqueios (katame waza, uke waza, nage waza) também são ensinados, com menor ou maior ênfase, a depender do local ou estilo/escola que se aprende/pratica.

Um dos estilos mais conhecidos é o Shotokan. Originado a partir dos ensinamentos ministrados por Gichin Funakoshi, o conjunto técnico da escola foi baseado no Shorin-ryu. No entanto, devido aos estudos realizados pelo seu filho, Yoshitaka Funakoshi, inúmeras técnicas foram modificadas e/ou incorporadas. Com Yoshitaka, a arte marcial passou a refletir o escopo que almejava – valorizar o lado desportivo e físico como forma de promover o desenvolvimento pessoal.

FunakoshiO mestre Funakoshi, a princípio, não designou o que ele lecionava, antes de tudo, afirmava que ensinava karatê. Por outro lado, é certo que ele transmitia todas as técnicas e ensinamentos de acordo com o seu entendimento e visão pessoal. Foi então que alguns de seus alunos, resolveram homenageá-lo com a inscrição Shotokan – ‘shoto’ era o codinome usado pelo mestre para assinar suas obras.

Durante a década de 1920, Gichin Funakoshi viajou por diversas cidades do Japão para divulgar a sua arte. Em uma dessas excursões foi visitado pelo pintor Hoan Kosugi, que ao assistir uma das demonstrações procurou Gichin para que o mesmo lhe ensinasse todo o repertório técnico da luta. Ao perceber que para ver o karatê propagado por todo país ele mesmo teria que fazê-lo, Funakoshi decidiu ficar em Tokyo até cumprir tal missão. Kosugi, por sua vez foi uma das pessoas mais influentes na decisão do mestre. O pintor ainda o convenceu a registrar todo o seu conhecimento em um livro e prometeu uma pintura para a capa.

Tigre Shotokan

Essa pintura ficou conhecida como o Tora No Maki (em japonês, ‘tora’ quer dizer ‘tigre’ e ‘maki’, ‘erolado’ ou ‘rolo’). O desenho não só ilustrou a capa do livro “Karate-Do Kyohan”, do mestre Funakoshi, como passou a ser o grande símbolo da arte marcial.

Simbolizando força e coragem, o tigre é um felino de aproximação lenta, que estuda suas presas e seus inimigos. O animal é capaz de percorrer grandes distâncias para conseguir o seu alimento, possui uma enorme força muscular, uma audição surpreendente, um olfato aguçado e a visão seis vezes maior que um humano, principalmente durante a noite. Segundo algumas referências encontradas, o significado está relacionado com os hábitos de Funakoshi, que tinha o costume de treinar e logo depois querer estar só e relaxar no Monte Torao – visto de longe, o monte tinha a impressão de uma ‘cauda de tigre’.

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