O budismo, além de ser uma religião, é também um sistema filosófico e ético. Criado por Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda, a seita é considerada pela maioria dos seguidores como sendo um guia espiritual, ou seja, você pode praticar o budismo e, normalmente, seguir qualquer outra religião.

A princípio, o budismo está ligado diretamente ao hinduísmo – religião na qual Sidarta é considerado ‘o escolhido’ ou a encarnação de Vishnu. O hindu perdeu sua força na Índia, a partir do século VII, com a expensão do islamismo. No entanto, os ensinamentos não deixaram de ser difundidos e em cada cultura ganhou características próprias e sofreu adaptações.

A maioria dos símbolos budistas surgiram, por volta do século III a.C., da incorporação de muitos outros símbolos, inclusive do hinduísmo – inicialmente não havia representações diretas do Buda. Dentre os principais e mais antigos estão a Roda do Dharma, a Estupa e a Flor de Lótus.

Roda do Dharma

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Um dos símbolos mais importantes do budismo, a roda da lei ou roda do dharma (dharmachakra), costuma ser representada por um círculo com oito raios, sendo, cada um dos raios, associados a uma das oito práticas essenciais ensinadas por Buda: pensamento correto, ação correta, entendimento correto, linguagem correta, modo de vida correto, atenção plena correta, esforço correto e concentração correta.

Uma outra representação com 24 raios, chamada de roda da lei de Asoca, simboliza que o seguidor deve levar uma vida coerente durante as 24 horas do dia. O símbolo também faz referência ao ciclo de morte e renascimento, ao qual todo ser encontra-se preso, embora o mesmo possa alcançar a liberdade. Outra interpretação indica que através da prática do Dharma – lei que regula todo o universo – o praticante evolui espiritualmente. A roda da lei, ainda corresponde ao esforço missionário dos budistas em difundir a sua religião pelo mundo.

O dharma foi representado em diversos momentos da história do povo indiano, serviu como base para o atual brasão e está presente na bandeira da Índia.

Buda

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O nome Buda significa ‘desperto’, ou seja, o budismo possui muitos budas além do mais famoso e fundador da religião, Sidarta Gautama. Nesse sentido, o título é dado a pessoas que possuem um elevado esclarecimento espiritual e que compartilhem os ensinamentos da filosofia.

Há inúmeras representações de Buda, numa das mais conhecidas ele segura com a mão esquerda uma flor de lótus – símbolo da perfeição, fertilidade, criação, revelação e da pureza. Outra representação é a árvore Bodhi (Bodi ou Bo), que representa sabedoria e luz. A árvore, uma figueira sagrada, foi o local em que Buda ganhou o esclarecimento divino enquanto meditava.

Nó Infinito

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O símbolo lembra aos seguidores que todos os acontecimentos e seres presentes no universo estão inter-relacionados.

Cervos

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Após atingir a iluminação espiritual em Sarnath, Buda discursou no parque de Cervos. Para manter a lembrança deste fato, na maioria das construções budistas há representações de cervos.

Lóbulos da orelha alongados

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As representações de buda apresentam os lóbulos da orelha exageradamente longos, o que simboliza a nobreza do mestre espiritual. A interpretação mais lógica é a de que os nobres da época utilizavam muitos ornamentos nas orelhas como forma de ostentar poder e riqueza – o peso de tais joias poderiam ter causado o alongamento dos lóbulos.

Buda, devido a sua origem aristocrata, vivia num palácio cercado de muito luxo. Era um príncipe e, portanto, um nobre que provavelmente usou muitos ornamentos nas orelhas, deformando seus lóbulos. No entanto, o fato ganhou um novo significado: os lóbulos alongados lembra que o líder espiritual era rico, mas abandonou toda a riqueza para buscar o sentido da vida.

Outros símbolos

Símbolos Químicos

Símbolos Químicos

A química é repleta de símbolos representativos – imagens e letras que ajudam na comunicação